quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Os Sofrimentos da Mulher de Jó

As diversas vicissitudes de Sitis
Mulher esquecida e incompreendida pela modernidade, assim defino inicialmente a mulher de Jó. Este patriarca sim, paladino da fé, suportou todas as vicissitudes e flagelos dócil e humildemente. Ele é símbolo de perseverança, paciência e retidão (Jó 1.1,22), mas a mulher desse sofredor...., no mínimo, ainda é chamada de louca ou néscia (Jó 2.10).

Mulher anônima, a quem a tradição posterior chamou de Sitis, aparece em Jó 2.9,10 e não é mais mencionada no livro, embora nada sugira sua morte, ou abandono do lar.

Ela era uma mulher nobre, respeitada por todos, e considerada afortunada para os mais antigos e de sorte para as donzelas da região. Seu marido era um homem sábio, fiel à sua família, riquíssimo e temente a Deus. O homem mais poderoso do Oriente. Seus filhos, saudáveis e belos. Suas filhas eram mulheres decentes, educadas e belas. Centenas de servas e servos estavam espalhados pela bela casa, fazendas, plantações (Jó 1.3).

Sitis era uma mulher riquíssima que ajudava na administração da casa, dos servos domésticos; um elo de unidade familiar (Jó 1.2). Seus sete filhos e três filhas periodicamente reuniam-se ao redor da mesa para desfrutarem de seus conselhos, sapiência e virtudes (Jó 1.2,4). No período patriarcal o número dez era símbolo de completude, de abundância e prosperidade. Era a mulher mais poderosa, afamada e respeitada de todo o Oriente (Jó 1.3). Jó amava-a muitíssimo; suas filhas provavelmente espelhavam-se no zelo, discrição, beleza e sabedoria da mãe. O lar de Sitis era um paraíso cravado no Oriente (Jó 1.10).

Essa mulher, “ossos dos ossos” e “carne da carne” de Jó, no entanto, viveu as primeiras calamidades da vida do patriarca. Próximo a Jó ouvira que seus servos foram mortos e os seus rebanhos confiscados pelos sabeus. A notícia era ruim, mas suportável. Note a descrição do versículo 13, que destaca a efusiva alegria da reunião familiar na casa de seus filhos (“comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito”), e a calamidade súbita que toma conta do restante da narrativa. Essa narrativa que antecede e moldura as tragédias de Jó será depois desconstruída no versículo 19.

O mensageiro ainda não terminara o anúncio fúnebre quando imediatamente outro mordomo anunciou: “Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu” (v.16). A mulher de Jó fica espantada com a sucessão de tragédias que se sucedem sucessivamente sem cessar. Perde o fôlego, aproxima-se do marido para apoiá-lo... quando então, novamente, outro desastre, dessa vez arquitetado pelos caldeus que, em três bandos, roubam os camelos e ferem os servos (v.17). Mas o pior ainda estava para acontecer. Um servo aproxima-se esbaforido, com ar de cansaço e pesar. Tem receio do que vai dizer. Durante o trajeto ensaiara diversas vezes, até soltar o verbo flamífero: “Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo, eis que um vento muito forte sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram” (Jó 1.18,19). O vento da desventura e sortilégio, gélido como a morte, implacável como a desgraça. Quem é suficiente forte para resistir suas lanças inflamadas? Como reagir diante de tanta calamidade e dor?

Sitis chora amargamente a morte de seus filhos. Se isso não bastasse, vê o seu marido rasgar suas vestes, rapar sua cabeça e cumpridas barbas, símbolos de sua posição social superior, e lançar-se em terra adorando a Deus. Apesar da dor que aflige sua alma abatida olha com carinho e respeito o gesto humilde e devoto de seu marido. Somente a fé e a comunhão com Deus dão ao aflito a esperança e a força para vencer as vicissitudes. É nessas ocasiões que a comunhão do crente com Deus faz toda a diferença. A resiliência e o ânimo para continuar a lida depois de uma grande calamidade são resultados de uma vida de fé, comunhão com Deus e relacionamentos corretos. Jó, como os pequenos ribeiros orientais em período de estio, vê a sequidão tomar conta de si, no entanto, estivera durante muito tempo da vida plantado junto a ribeiros de águas; suas folhas não murchariam e os seus frutos viriam na estação própria (Sl 1). Dizia um antigo provérbio oriental que o “justo nunca será abalado” (Pv 10.30).

Os dias de luto ainda não estavam completos. Parentes distantes e amigos próximos reuniam-se na casa de Sitis para apoiá-la e ao marido, Jó. Os melhores amigos nascem nos períodos de sequidão e angústia (17.17). Autoridades do Oriente chegavam à casa do infortúnio. Ouvia-se os murmúrios das carpideiras, que se revezavam em seus turnos.  Os cancioneiros entoavam suas elegias, e os sábios do Oriente procuravam entender a tragédia humana. Sitis chorava desconsoladamente. A dor e angústia apertavam seu corpo, como se a estivessem comprimindo em um pequeno vaso de cerâmica. Olhava para Jó e se inspirava na fé, piedade e devoção de seu marido. Ele em nenhum momento blasfemou ou se queixou de sua sorte (Jó 1.22). Junto aos sábios do Oriente, ouvia-o dizer: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21). Todos ouviam, admirados, a fé e perseverança de Jó em Deus. Procuravam algum altar na casa, ou artefatos que materializassem o Deus de Jó, mas nada encontravam. Diferente dos tolos adoradores de ídolos do Oriente, Jó confiava no Deus Invisível, Espírito eterno e imutável em seu ser.

Passados os dias de luto, Sitis e Jó procuravam retomar as atividades diárias. Todavia, sentiam dificuldades de recomeçar. Reconstruir a casa que desabara sobre as crianças era uma dúvida latente. Aquele lugar trazia boas recordações. O lugar que as crianças cresceram e a velha árvore com as marcas de suas brincadeiras traziam lembranças tão vívidas como o vento outonal que derrubava as folhas das árvores e pintavam o chão de tons marrons e cinza. Nada diziam um ao outro, apenas apertavam firmemente as mãos. Todas as palavras foram expressas naquele aperto de mãos. Nunca saberemos exatamente o que disseram. Apesar da tristeza, estavam unidos, apoiando um ao outro.

Alhures, absorto com os últimos acontecimentos, Sitis percebe que pequenas chagas começam alastrar-se sobre o corpo de seu marido. Imediatamente, os melhores médicos são consultados, especialistas na arte da cura entram e saem da casa do patriarca. Sitis se mantém firme cuidando de Jó; tratando das feridas de seu amado; procurando suavizar a dor com as especiarias, óleos de vários gêneros, alguns importados. A chaga se espalha mais ainda, desde a planta do pé até ao alto da cabeça (Jó 2.7). Longe de Jó ela chora, sente as lágrimas quentes caminharem pelas linhas de sua pele até caírem e se desfazerem lentamente ao chão. “Senhor porque me provas?”, murmurava. “Não basta os meus filhos?” “Agora tu queres o meu marido Jó?”, balbuciava. Os médicos diagnosticaram que a doença era maligna, incurável. Erupções e prurido intenso destilavam do corpo de Jó (2.7,8). Os bichos insaciáveis se alimentavam do corpo putrefato (7.5), e os ossos daquele homem forte se desfaziam como torrão de madeira apodrecida (30.17). A pele de Jó perdera toda elasticidade, suavidade e beleza (30.30). Até no sono era atormentado por pesadelos (7.14). Sitis olhava para todo aquele sofrimento. O cheiro dos florais da primavera paulatinamente foi expulso por uma mistura de pus, sangue e carne putrefata. Nem ela mesma conseguia cuidar de seu marido. A praga alastrara por toda casa. Ela gastara as últimas reservas financeiras no tratamento do marido moribundo. Investira todos os seus recursos para curar a Jó, mas a sentença médica era apenas uma: “Nada podemos fazer, só um milagre”. Sitis sofria, inconsolável... A esperança escapava por entre os seus dedos como as águas ribeirinhas. Lembrava dos momentos em que ela era considerada uma mulher bem-aventurada, rica, com filhos e filhas para lhe consolar, um marido próspero que a amava. Mas agora, tudo lhe havia sido tirado, à uma. O que você faz quando a calamidade bate à sua porta e, sem pedir licença, carrega para sua família toda desventura conhecida? A quem você recorre?

Certo dia, Sitis vê o seu marido no meio da cinza com um pedaço de cerâmica raspando as feridas. Olha e um sentimento acre-doce lhe invade a alma aflita. O grande príncipe Jó no monturo da cidade, como um pária. Sitis perde definitivamente a esperança. Aproxima-se do moribundo, sente pena do marido, fecha os olhos, aperta-os e a seguir dispara: “Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus e morre” (Jó 2.9). Nenhum sofrimento pode ser maior do que a confiança e fidelidade a Deus. O Senhor jamais permitirá que sejamos tentados acima de nossas forças. Sitis achava que já havia chegado ao limite.

Assim como os servos de Jó foram preservados da morte para levarem a notícia calamitosa ao patriarca, a esposa parece que fora guardada todo esse tempo para destalingar esse último chicote. Sem o saber, pensando que a morte seria a melhor solução para o marido, Sitis empresta sua boca ao Tentador incitando Jó a se rebelar e amaldiçoar a Deus. O que você faz quando toda a esperança se esgota? Sitis em vez de confiar em Deus acima de todas as coisas; em vez de amar ao Senhor pelo que Ele é, deixou-se levar pelas circunstâncias atrozes, fundamentada em um relacionamento de troca com Deus. Para muitos a morte é a solução para uma vida de infortúnios e desajustes domésticos. Contudo, sempre há uma esperança para aqueles que confiam em Deus.

Jó olha para sua esposa, e a fita com ternura e carinho. Sitis sente o tempo congelar por alguns instantes. Embora o tabernáculo terrestre de Jó estivesse se desfazendo, seu edifício eterno estava preparado por Deus (2 Co 5.1). Os olhos de Jó traziam um brilho vivaz, contagiante, embora todo o restante dissesse o contrário. Lembrava muito o olhar de Jesus quando Pedro o negou. Carinhosamente afirma: “Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal?” (Jó 2.10). O sábio Jó afirmara que sua esposa, em seu desespero e dor, falava como uma pessoa sem entendimento; como alguém que ele não conhecia. Sitis fica desconcertada diante da afirmação do marido. Reflete a respeito do assunto. Lembra das muitas orações de Jó feitas em gratidão ao Senhor. E ali mesmo reconsidera... Cala-se e desaparece do cenário até o final do livro de Jó quando Deus restitui-lhe todas as coisas. Embora não seja mencionada no final do livro, não há razões para se duvidar de sua presença. Ela é a esposa incansável que esteve com o marido nos piores momentos e circunstâncias, mas que, em certo momento, perdeu as esperanças, mas a recobrou através da piedade e devoção de seu marido.

MORRE MÃE DA CANTORA MARA MARAVILHA

Mara Maravilha perdeu a mãe neste domingo, 27. A cantora, que voltou aos palcos na noite deste sábado, 26, falou sobre a morte de Dona Marileide em seu Twitter: "Irmãos, amigos, estou sofrendo a dor mais insuportável da minha vida: a perda da minha amada mãe, ela acabou de partir pro céu. Orem por mim."
O apresentador Jorge Paulinetti, contou que a cantora é quem cuida dos detalhes do funeral e do enterro: "Ela está muito abalada, mas sempre cuidou de tudo em relação à mãe e está fazendo o mesmo agora."
Segundo Jorge, Marileide tinha um histórico de problemas no coração e já havia colocado duas pontes de safena e sempre teve alguns períodos de piora porque era diabética, mas estava bem nos últimos dias: "A Mara estava reformando a casa e por isso Marileide estava ficando num flat. Ontem, ela passou mal e foi para o hospital."
Ela precisou colocar dois stents: "Ela estava com duas artérias entupidas e fez os implantes na parte da tarde. Por volta das 22h eu a visitei na UTI e ela estava bem, falando. Hoje pela manhã o hospital ligou para Mara para informar o falecimento", disse Jorge.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013


O CASAMENTO

A palavra casamento tomada do latim medieval “casamentu”, significa “Ato solene de união entre duas pessoas de sexo diferente, capazes e habilitadas, com legitimação religiosa e/ou civil”.

O Casamento é algo instituído por Deus, que jamais. Analisemos dois textos sobre o casamento antes de falarmos em divórcio: Gênesis 2:18-24 e I Coríntios 7:2.

Nestes textos acima podemos notar que a família sempre foi um projeto divino e o casamento instituído para ser indissolúvel (Mateus 19:6).  Deus cria Eva das costelas de Adão, o que faz alusão que a mesma seria companheira, parceira, ajudadora e que ambos vivessem juntos.

Na criação vemos que o Senhor não criou o ser humano para a poligamia (ato de se ter mais de um parceiro), mesmo que, até mesmo alguns que dizem professar o cristianismo, queiram defender este ato. Estes argumentam que na Bíblia há vários servos de Deus que tiveram mais de uma mulher. Porém precisamos destacar que esta postura anti-bíblica, não foi recomendada por Deus. Basta analisarmos a vida de homens como Abraão. Deus havia lhe prometido um filho e que dele, Abraão teria uma grande descendência. Só que a sua esposa, que era estéril, resolveu “ajudar” a Deus. Sara entregou sua serva Agar, dando-a a Abraão e a conseqüência foi o nascimento de Ismael; e seus descendentes são inimigos de Israel até hoje (isto foi resultado da poligamia de Abraão). Sem contar os casos de Jacó, Davi, Salomão entre outros, os quais tiveram conseqüências trágicas.

Alguns não entendem o que é ser uma só carne. Alguns acham que se tornar uma só carne é assinar um documento no cartório ou receber a bênção do pastor na igreja, mas não é isso. Quando há a relação sexual entre o casal estes tornam-se uma só carne e estão, aos olhos de Deus, casados. O Apóstolo Paulo explicou justamente isso aos Coríntios, condenando os que praticavam a prostituição, deixando claro que os casados já eram uma só carne com as suas esposas e os solteiros deveriam guardar-se para as suas futuras esposas, pois ao saírem com prostitutas tornavam-se uma só carne com elas e contaminavam as suas vidas espirituais (I Coríntios 6:16).

Porém, percebemos na vida do homem que este projeto de Deus é quebrado devido ao desejo do coração do ser humano de romper com o princípio de permanecer unido ao seu cônjuge até o fim dos seus dias. Surge então o divórcio.

O DIVÓRCIO

O divórcio (do latim divortium”, derivado de divertĕre”, que significa "separar-se") é o“rompimento legal e definitivo do vínculo de casamento civil”.

Os países onde mais ocorrem pedidos de rompimento do matrimônio são: Estados Unidos, Dinamarca, Bélgica, com índices entre 55% e 65%. Em contraponto, os países com menos incidência de separação são países extremamente católicos como Irlanda e Itália com números abaixo de 10%. Em Malta e nas Filipinas, o divórcio ainda não foi legalizado.

O divórcio foi instituído oficialmente no Brasil com a Emenda Constitucional número 9, de 28 de junho de 1977, regulamentada pela lei 6515 de 26 de dezembro do mesmo ano.
Em média, nos tempos de hoje, um casamento dura dez anos, sendo que em 70% dos casos quem pede o divórcio é a mulher. Em dados de 2008, o divórcio no Brasil cresceu 200% em 23 anos, ou um divórcio a cada quatro casamentos.

Observe comentário do Jornal Tribuna do Norte de Dezembro de 2008, artigo este comentado pelo estadão e outros jornais de destaque: “Rio (AE) - No ano em que se completaram 30 anos do divórcio no Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou o maior índice de uniões desfeitas no País desde o início da série histórica das estatísticas do Registro Civil, em 1984, que o IBGE divulgou ontem. Em 2007, o número de casamentos continuou subindo no Brasil, mas os registros de divórcio dispararam. Enquanto 916 mil casais oficializaram a sua união no ano passado, cerca de 3% a mais do que em 2006, quase 180 mil se divorciariam - um crescimento de 44% no mesmo período. A soma de divórcios e separações judiciais envolveu 231 mil casais em 2007, quando um casamento foi desfeito a cada quatro matrimônios celebrados”.

CONSEQUENCIAS DO DIVÓRCIO

Dentre as grandes conseqüências que o divórcio pode trazer não somente ao indivíduo, mas também a sociedade, podemos citar:
. Esterilidade conjugal estimulada
. Infância educada fora dos seus lares
. Instabilidade das famílias
. Diminuição progressiva do senso de responsabilidade, fidelidade e lealdade
. Dissolve as famílias
. Dissolve a sociedade.
. Desenvolve o indivíduo com um sentimento de visar única e exclusivamente o seu bem-estar em detrimento dos interesses dos outros.

O DIVÓRCIO NO ANTIGO TESTAMENTO


A lei de Moisés prescreve as razões para o divórcio em termos tão gerais que torna-se difícil explicar os motivos que o justificam. Vejamos alguns textos:

. Êxodo 20:14 - Não adulterar era uma ordenança de Deus através da Lei de Moisés, pois isto seria motivo de separação e portanto não aprovado pelo Senhor.

. Levíticos 20:10 - Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera.

. Deuteronômio 22:13-19 – O Divórcio não era possível quando sua esposa fosse acusada falsamente de pecado sexual pré-marital pelo próprio marido.

. Deuteronômios 22:20-22 - Porém, se este negócio for verdade, que a virgindade se não achou na moça, então, levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da sua cidade a apedrejarão com pedras, até que morra; pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim, tirarás o mal do meio de ti. Quando um homem for achado deitado com mulher casada com marido, então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim, tirarás o mal de Israel.

. Deuteronômios 22:28-29 - Quando um homem desvirginasse uma jovem, e o pai dela o compelisse a desposá-la (Êxodo 22:16-17).

. Deuteronômio 24:1 - 
Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia (conduta vergonhosa ou imoral – sem envolver adultério), ele lhe fará escrito de repúdio (documento legal entregue à mulher, para a rescisão do contrato do casamento, para protegê-la e liberá-la de todas as obrigações para com o seu ex-marido. A partir deste momento ela estava livre para casar-se de novo), e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa.

. Neemias 13:23 - Vi também, naqueles dias, judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas. Quando Neemias chegou a Jerusalém, descobriu que muitos dos israelitas, inclusive sacerdotes, levitas e governantes, tinham se casado com mulheres idólatras e praticavam as abominações e impurezas dos pagãos (vv. 1, 2, 11). O casamento com ímpios foi terminantemente proibido na lei de Moisés (Êxodo 34:11-16; Deuteronômios 7:1-4; Salmos 106:35).



DIVÓRCIO  NO NOVO TESTAMENTO

Vejamos alguns textos:

. Romanos 7:1-3 – A mulher não deve se casar novamente enquanto o marido está vivo, pois assim fazendo é chamada de adúltera.

. I Coríntios 7:10-16 – Paulo orienta que aqueles que se separarem, permaneçam sem se casar, mas o melhor é que não se separem.
 . I Coríntios 7:39-40 - Paulo também orienta que a mulher está ligada ao seu marido enquanto ele vive e que é melhor que fique só após a sua morte.



JESUS E O DIVÓRCIO

Analisando três textos sobre o posicionamento de Jesus com relação ao divórcio:

. Mateus 19:1-9 – A vontade de Deus para o casamento é que ele seja vitalício, que cada cônjuge seja único até que a morte os separe (Mateus 19:5-6 e Marcos 10:7-9).

. A expressão, ”prostituição” (gr. porneia), palavra esta que no original inclui o “adultério ou qualquer outro tipo de imoralidade sexual” (Mateus 5:32; 19:9) é a única condição que Jesus deixou.

. O divórcio, portanto, deve ser permitido em caso de imoralidade sexual, quando o cônjuge ofendido se recusar a perdoar. Em Mateus 19:8-9, não estava referindo-se à separação por causa de adultério, mas ao divórcio como permitido no AT em casos de incontinência pré-nupcial, constatada pelo marido após a cerimônia do casamento (Deuteronômios 24:1). A vontade de Deus em tais casos era que os dois permanecessem juntos.

.  No caso de infidelidade conjugal depois do casamento, o AT determinava a dissolução do casamento com a execução das duas partes culpadas (Levíticos 20:10; Êxodo 20:14; Deuteronômios 22:22). Isto, evidentemente, deixaria o cônjuge inocente livre para casar-se de novo (Romanos 7:2; I Coríntios 7:39) e Jesus não tirou esta verdade.

. Lucas 16:18 - Apresenta a regra geral: "Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério". Jesus condenou o que tem se tornado comum em nossa sociedade: a prática de deixar um cônjuge para se unir a outro. O adultério mencionado aqui é um pecado contínuo que envolve relações sexuais entre pessoas que não têm permissão dada por Deus para coabitar. O pecado não está meramente no ato de fazer um voto de casamento, mas na conseqüente posse de um cônjuge ilícito.

. Mateus 5:31 - Analisando o contexto externo do texto (histórico, cultural, etc), iremos ver que Jesus não estava em conflito com Moisés. Deve destacar-se que a lei de Moisés não instruiu o divórcio. Por ordem divina, Moisés tolerou o divórcio e o regulamentou a fim de evitar abusos. As mulheres não tinham direitos e, para protegê-las, Deus permitiu que Moisés criasse esta lei, a fim de que as mulheres tivessem uma nova chance. A lei garantia à mulher divorciada certos direitos, e na realidade a protegia de ser considerada adúltera ou rejeitada pela sociedade. Deixava a casa de seu primeiro marido como mulher livre e respeitada pela sociedade, apta para contrair um matrimônio honroso. A carta de divórcio estabelecia que seu primeiro esposo já não tinha mais jurisdição legal sobre ela e que ela não tinha nenhum tipo de obrigação para com ele, senão que estava livre para ser esposa de outro homem. Ao voltar a casar, não se fazia culpada de adultério, nem se violavam os direitos de seu primeiro marido.

ALGUMAS CONCLUSÕES EM FORMA DE PERGUNTAS

1) É permitido em nossos dias o divórcio?
R- Mesmo vivendo em novo tempo em uma “Nova Aliança”, os privilégios do crente não são menores e nem menores que os instituídos no Antigo Testamento. Embora o divórcio seja uma tragédia, a infidelidade conjugal é um pecado tão cruel contra o cônjuge inocente, que este tem o justo direito de pôr fim ao casamento mediante o divórcio. Neste caso, ele ou ela está livre para casar-se de novo com um crente (I Coríntios 7:27,28).